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Fonte: SulNews
G 1
Mais de 500 pessoas morreram, em 2021, à espera de um leito de UTI no estado de São Paulo. Neste sábado, as ruas ficaram um pouco mais movimentadas. Está acabando o período de recesso, com a antecipação dos feriados. Mas os hospitais de São Paulo continuam cheios.
O Centro de Contingência da Covid-19 diz que houve uma pequena desaceleração na procura por leitos de UTI nos últimos dias. “Nós vínhamos de uma subida muito forte e agora estabilizamos e esperamos começar a reduzir o número de pacientes internados progressivamente”, diz o coordenador do Centro de Contingência da Covid-19 de São Paulo, Paulo Menezes.
Mas a ocupação das UTIs ainda é muito alta. Segundo dados do governo do estado, 19 de março foi o último dia em que a lotação estava abaixo dos 90%. Neste sábado (3), a ocupação ainda é de 92%. O Estado vai continuar com a fase emergencial até o dia 11. Só funcionam serviços essenciais e o comércio só pode trabalhar com entregas.
Ao todo, no estado, são 25 hospitais com 100% dos leitos de UTI ocupados. Na cidade de São Paulo, de sexta (2) para este sábado, subiu de nove para 11 o número de hospitais lotados. Conseguir vagas para os pacientes mais graves é difícil; 509 pessoas, em todo o estado, morreram na fila das UTIs.
O pai da Fernanda, o seu Luiz Leão, tem 72 anos e precisa de um leito de UTI. Desde segunda-feira (29) ele aguarda transferência. A família tentou até um hospital particular, e não conseguiu vaga. “A gente está nessa angústia de estar esperando a transferência dele. Desde que ele entrou já foi pontuado que ele iria ser transferido. Todo dia o hospital liga para a gente para dar uma posição e é a mesma história: está estável esperando a transferência”, diz a filha.
Apesar da tristeza e dos riscos gerados pela Covid, muita gente ainda se expõe em festas clandestinas.
Em Mauá, na região do ABC Paulista, a polícia acabou com uma festa com 62 pessoas. Na Zona Leste da capital, outra festa com cem pessoas. A polícia apreendeu os equipamentos de som e computadores e a casa noturna deve ser autuada pela Vigilância Sanitária e multada pelo Procon.
A Cíntia Estevam é fisioterapeuta, trabalha 12 horas por dia em dois hospitais diferentes. Ela fica inconformada quando vê imagens de aglomeração no auge da pandemia. “Muitos pacientes jovens perdendo a vida mesmo. Está bem doído. Nós perdemos um paciente outro dia de 31 anos e a esposa grávida de cinco meses. Você sente a dor do outro e isso dói. Dói muito”, desabafa.
Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, a demanda de transferências cresceu, em março, 117% em comparação com o auge da primeira onda da Covid, em junho de 2020. São cerca de 1.500 pedidos de transferências por dia, e elas dependem da disponibilidade de leitos e da condição clínica dos pacientes.
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