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Fonte: TaNaMídia Naviraí
Em menos de uma semana, dois balões satélites pousaram em fazendas no interior de Mato Grosso do Sul, despertando a curiosidade dos moradores. Os equipamentos fazem parte do projeto Loon, desenvolvido pelo Google para fornecer acesso à internet em áreas rurais e regiões de difícil acesso. Mas, afinal, estes satélites podem acabar machucando alguém? O que fazer ao encontrar um balão satélite?
O primeiro caso de balão satélite encontrado em fazenda neste ano foi registrado na cidade de Paraíso das Águas, a 277 km de Campo Grande. O balão estava programado para aterrissar na fazenda vizinha, mas devido às condições climáticas, aterrissou em outra área. Em nota, a agência de comunicação Loon na América Latina explicou que o pouso foi realizado no dia 7 de janeiro de maneira segura e protegida, em coordenação com os oficiais do controle de tráfego aéreo local com base em protocolos estabelecidos.
“De acordo com os procedimentos de pouso de Loon, um paraquedas foi lançado e o balão foi derrubado a uma velocidade relativamente baixa em uma área isolada. Em nenhum momento representou um risco para a população local ou para a vida selvagem. Uma equipe de recuperação do Loon foi enviada ao local de pouso e o balão foi coletado para análise e reciclagem”, informou.
O engenheiro eletricista Renan Aryel, membro do projeto Cipop (Ciência Popular) e ex-coordenador do Clube de Astronomia Carl Sagan da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), reforça que a queda dos balões é controlada. Com iniciativas de empresas gigantes, como o Google, episódios como os registrados em Paraíso das Águas e Anaurilândia devem se tornar mais frequentes no Estado.
“Esse projeto ainda está em desenvolvimento, então os balões não ficam em definitivo voando, o voo mais longo que eles conseguiram durou 300 dias”, afirma.
Caso algum morador encontre um balão satélite caído, a orientação é não mexer no objeto. “Esses equipamentos são rastreados por GPS e uma equipe do projeto providenciará o contato com os responsáveis pelo lugar, no caso a administração da fazenda por exemplo, para que o equipamento seja removido em segurança”, explica Aryel.
Como funciona o pouso dos balões satéliteConforme informações da agência do projeto Loon, os balões de satélites são monitorados 24 horas por dia por uma equipe de Engenheiros de Voo. “Mantemos telemetria contínua e links de comando com cada balão, rastreando a localização usando GPS. A cada minuto, recebemos aproximadamente 2.000 verificações de saúde e pontos de telemetria de cada balão que nos informam quando é o momento certo para pousar um balão”, informou a agência.
Quando um balão está pronto para pousar, o gás de sustentação que mantém o balão no ar é liberado e um pára-quedas é aberto automaticamente para controlar o pouso. Os pousos são feitos em estreita coordenação com o controle de tráfego aéreo local. Depois de pousar, equipes de recuperação especialmente treinadas para coletar os materiais do balão são acionadas.